A diabetes é uma doença metabólica que pode causar complicações em diversos órgãos. Como tal o seu tratamento tem como objetivos controlar os níveis de glucose e prevenir as possíveis complicações em outros órgãos, no sentido de promover uma melhor qualidade de vida às pessoas com diabetes.
O tratamento farmacológico da diabetes varia de acordo com o tipo de diabetes e as necessidades individuais.
Neste tipo de diabetes, o pâncreas não tem capacidade de produzir insulina. Como tal, a administração de insulina é indispensável. Atualmente, estão disponíveis diferentes tipos de insulina, com durações de ação igualmente diferentes.
Utilizada geralmente antes das refeições, ajuda a controlar os picos de glucose após a ingestão de alimentos.
Mantém os níveis de glucose controlados ao longo do dia e durante a noite.
Dispositivos que administram pequenas doses de insulina de forma contínua, permitindo um controlo mais flexível e individualizado.
Sabia que?
A monitorização dos níveis de glucose na diabetes tipo 1 é fundamental para evitar situações de hipoglicemia e hiperglicemia.
O tratamento da diabetes tipo 2 consiste fundamentalmente na implementação de mudanças de estilo de vida, tanto na alimentação como na prática de exercício físico.
Quando estas medidas se tornam insuficientes, pode ser necessário utilizar medicamentos orais e, em algumas situações específicas, insulina.
Medicamento de primeira linha que ajuda a reduzir a produção de glucose pelo fígado e aumenta a sensibilidade das células à insulina.
Classe de medicamentos que ajudam o pâncreas a produzir mais insulina ou a eliminar a glucose através da urina, respetivamente.
Medicamentos que atrasam o esvaziamento gástrico, ajudando a controlar o apetite e os níveis de glucose no sangue.
É essencial manter os níveis de glucose sob controlo para o bem-estar e prevenção de complicações relacionadas com a doença.
A monitorização dos níveis de glucose no sangue é fundamental para identificar oscilações, como situações de hipoglicemia e hiperglicemia, que podem ser perigosas para a pessoa com diabetes.
Atualmente, estão disponíveis diferentes tipos de dispositivos de monitorização contínua que facilitam esse acompanhamento.
Requerem uma picada no dedo para recolher uma gota de sangue, que é colocada numa tira para medir a glucose.
Este método é amplamente utilizado, especialmente em ambientes hospitalares.
Dispositivos aplicados na pele que medem os níveis de glucose no sangue em tempo real, enviando as leituras para um smartphone.
São especialmente úteis para pessoas com diabetes tipo 1 e para quem precisa de ajustar frequentemente as doses de insulina
Semelhante aos dispositivos de MCG, com a diferença que a pessoa verifica os níveis de glucose apenas ao aproximar o sensor do monitor.
Este método proporciona maior liberdade e evita a necessidade de picadas frequentes, em relação aos glicosímetros tradicionais.
A diabetes requer uma rotina de cuidados diários específicos, para manter a doença controlada e evitar problemas cardiovasculares, renais, neuropatias e problemas de pele, que são vulneráveis a complicações relacionadas com a patologia.
Devido ao risco de neuropatia, que reduz a sensibilidade, é importante inspecionar os pés diariamente para identificar feridas, cortes ou sinais de infeção.
Lave e seque bem os pés.
Evite andar descalço.
Use calçado confortável.
A pele das pessoas com diabetes tem tendência para ficar mais seca e, consequentemente, vulnerável a infeções.
A hidratação diária e a proteção contra feridas são essenciais.
Utilize produtos suaves e sem álcool para evitar irritações.
Uma dieta equilibrada é crucial para estabilizar os níveis de glucose.
Controle a ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono.
Distribua as refeições ao longo do dia.
Evite o consumo de açúcares refinados, e prefira fibras e proteínas magras.
A prática de atividade física regular melhora a sensibilidade à insulina e ajuda no controlo do peso.
Exercícios como caminhadas, ciclismo e treino de força são benéficos.
Mantenha-se hidratado para evitar picos de glucose.
Fontes: Associação Protetora de Diabéticos Portugueses (APDP). European Diabetes Association (EDA). European Centre for Disease Prevention and Control (CDC). Serviço Nacional de Saúde